
Construindo Um Relacionamento Feliz – Parte 2
3) Acredito que exista uma certa ingenuidade a respeito das relações amorosas. As pessoas tendem a pensar que só o amor sustenta a relação. Se você me ama e eu te amo, então tudo ficará mais fácil. Venceremos o mundo juntos! Só que, na prática, não é assim que acontece.
No texto escrito pelo jornalista Artur da Távola, que se intitula Só o Amor Não Sustenta a Relação, ele diz que entre “marido e mulher, por não haver laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta… por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna… É necessário respeito, agressões zero, paciência, disposição para ouvir argumentos alheios… amor só não basta… não pode haver competição e nem comparações…tem que haver jogo de cintura…disciplina para educar filhos, tem que ter inteligência, um cérebro programado para enfrentar rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar…”, ou seja, tem que ter sabedoria quando a crise se instala.
Nesse mesmo texto, o autor escreve que, muitas vezes, temos que fazer de conta que não ouvimos e não vemos os fatos mais superficiais, sob pena de entrar em discussão pelas mínimas coisas.
4) Pegando um gancho no tópico acima, conto agora uma historinha:
Era uma vez um casal que estava indo jantar, pela primeira vez, na casa de amigos. Não conhecendo bem o endereço e com o marido dirigindo, a esposa disse:
– Eu acho que você tem que entrar na primeira direita.
O marido retrucou:
– Não, eu acho que é a segunda à direita.
E assim ele fez e deu uma volta enorme, acabando por se perder.
Retornaram ao ponto de partida e ele resolveu seguir a sugestão da esposa, entrando na primeira rua à direita. Surpreendentemente, encontraram o prédio.
O homem desligou o carro e perguntou:
– Se você tinha tanta certeza que era a primeira à direita por que você não insistiu comigo, pro que não bateu o pé? Não teríamos que ter dado essa volta toda.
Então, a mulher, ajeitando o cabelo disse:
– Meu querido, o clima estava muito bom entre a gente. Se eu teimasse, acabaríamos brigando por isso e era tudo o que eu não queria. Portanto, eu não quero ter razão, EU QUERO SER FELIZ!
Fica a dica: Não precisamos discutir sobre absolutamente tudo. Devemos saber a diferença entre o supérfluo e o fundamental. Deixar passar as situações periféricas, para nos concentrarmos no que não podemos, mesmo, abrir mão. Mas isso exige um profundo autoconhecimento.
Related Posts
O Roubo do Tempo
A consulta estava marcada para as 9 horas. Cheguei 10 minutos antes e o porteiro...
Construindo Um Relacionamento Feliz – Parte 4
7) Estamos aqui falando de relacionamentos heterossexuais, ok?...
Construindo Um Relacionamento Feliz – Parte 3
Continuando nossa prosa, falemos agora sobre os mitos do relacionamento: 5)...
Construindo Um Relacionamento Feliz – Parte 2
3) Acredito que exista uma certa ingenuidade a respeito das relações amorosas. As...