Quando estava na faculdade, uma professora contou a seguinte história:
– Minha ajudante de casa quase caiu pra trás quando soube o que eu fazia pra viver: ‘quer dizer que você passa o dia todo sentada, ouvindo fofoca da vida dos outros e ainda te pagam por isso?’
Brincadeiras à parte (não tão brincadeira assim, porque ainda há muito preconceito e confusão a respeito do exercício da profissão – o que fazemos é:
1) Entendemos que psicologia é muito mais do que psicoterapia. Dentro da psicologia, podemos trabalhar com aconselhamento, oficinas, grupos específicos, roda de conversa, palestras, com gestão de pessoas, no RH de uma empresa, em escolas, em instituições governamentais e muito mais. Onde houver seres humanos, cabe aí um psicologo.
2) Não julgamos e não vamos horrorizar e te condenar se você disser que gosta de sexo grupal, que traiu seu marido, que se auto-mutila, que tem ideias assassinas a respeito de certos políticos, que é homossexual, que usa drogas, que foi abusada sexualmente, que…que…etc…
3) Entendemos e respeitamos a sua trajetória de vida. Você custou muito a ser quemvocê é. Não vamos desconstruir isso, sem que você tenha construído outras formas de caminhar
4) Não vamos te puxar a orelha, quando percebermos que você está prestes a se meter em enrascadas. Não somos sua mãe. Mas vamos te lembrar das outras vezes que você agiu da mesma forma e te fazer ver que você está repetindo uma história que tem te levado para o buraco
5) Vamos te alertar que no fundo do poço tem uma mola, que te fará subir novamente. Mas é melhor que você pare de cavar o quanto antes, de modo que economize energia para poder subir rápido.
6) Não vamos dizer o que você deve fazer, se deve casar ou separar, se deve guardar dinheiro ou gastar na viagem, se deve ter filhos ou não. Vamos ampliar a sua consciência para que você possa tomar as próprias decisões. Fazemos isso te ouvindo atentamente, indicando filmes, livros, letras de músicas, estimulando a sua reflexão para que vocêperceba o quanto existe de realidade e o quanto é do seu imaginário fértil.
7) Enquanto você fala, nós escutamos. Não somente ouvimos (com nosso aparelho auditivo), mas escutamos com o coração, com nossa alma, com nosso corpo – que sempre nos dá sinais do caminho que devemos percorrer. E, enquanto escutamos, imediatamente nos conectamos ao nosso referencial teórico.
Quer um exemplo? Uma mulher de 60 anos se veste como uma mocinha de 17 anos. Levamos em consideração que há liberdade de escolha e cada um a usa como quer. Mas nos conectaremos às etapas de vida e suas consequentes realizações e nos faremos a seguinte pergunta: ‘qual a idade emocional dessa mulher? O que ela não viveu na adolescência, o que deixou pra trás, que está querendo viver agora?
8) Sabemos que o vínculo entre cliente e profissional é imprescindível para o bom andamento dos trabalhos. Você tem que confiar no profissional. Tem que ir com a cara dele, para poder caminhar. E ele também tem que ir com a sua. Se não houver esse laço, você vai parar com a psicoterapia logo, logo. Portanto, seja honesta com você mesma.
9) E, acima de tudo, temos sangue correndo nas veias, temos dor de cabeça, fragilidades, tristezas, alegrias, vitórias e derrotas. Saber de cor e salteado as teorias e as técnicas psicológicas não nos livra da nossa humanidade. E, sobretudo por isso, ficamos felizes quando você também se dispõe a reconhecer os seus perrengues e a partir em busca de uma vida mais leve. Conte com a nossa ajuda.
Ivana Rocha
Psicóloga, Psicoterapeuta e Mentora de Psicólogos
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